Como organizar uma viagem de “Volta ao Mundo”

Quem nunca sonhou em largar tudo por um bom período e fazer uma viagem de volta ao mundo? Bom, pelo menos quem gosta de viajar aposto que já teve esse desejo, eu sou uma delas, aliás, se eu pudesse, viajaria sempre!!!

Neste post, vou contar como isso é possível, mas uma dica importante, dirija-se diretamente a uma das cias aéreas aqui presentes na lista, ou vá em uma boa agência de viagem que saiba trabalhar com tarifas aéreas. Ao contrario do que muita gente pensa, a maioria das agências de viagem não emitem bilhetes, mas se apoiam a outras que são IATA, aquelas que tem permissão para emitir.


A aliança Star Alliance foi criada em 1997 por cinco companhias aéreas, Air Canada, Lufthansa, Scandinavian Airlines, Thai Airways International e United, com o objetivo de oferecer aos clientes produtos e serviços de alta qualidade.
Hoje é composta por 27 companhias aéreas:
Adria Airways, Aegean Ailines, Air Canada, Air China, Air New Zealand, ANA, Asiana Airlines, Austrian, Blue1, Brussels Airlines, Copa Airlines, Croatia Airlines, EgyptAir, Ethiopian Airlines, Lot Polish Airlines, Lufthansa, Scandinavian Airlines, Singapore Airlines, South African Airways, Swiss, TAM, TAP, Thai, Turkish Airlines, United e US Airways.

Round The World (RTW) é um bilhete com duração de um mínimo de 10 dias e um máximo de um  ano, o que permite viajar ao redor do mundo fazendo um  máximo de 15 escalas em até um determinado número de milhas. Esse bilhete é certamente mais caro do que um bilhete de ida e volta para o canto oposto da terra, tipo Nova Zelândia, mas se você quiser parar em um ou dois outros lugares, já se torna certamente conveniente. Tudo deve ser muito bem planejado, combinando e alterando alguns detalhes, e pode custar muito menos do que você pensa. A minha primeira sugestão, é começar a organizar tudo com vários meses de antecedência, pois trata-se de uma viagem de volta ao mundo, ou seja, muito longa.

Star Alliance Round the World Fare
O nível tarifário um (26.000 milhas) permite viajar somente em classe econômica, os níveis tarifarios dois (29.000 milhas), três (34.000 milhas) e quatro (39.000 milhas),  dá a possibilidade de viajar em todas as classes “Economy, Business e First”. Eventuais percursos por  terra (chegada em uma cidade e partida por outra) contam como milhas, como se fossem feitos voando.
O bilhete geralmente dura 1 ano a partir da primeira decolagem.
Não é permitido retornar nos lugares que já passou. Alguns bilhetes são mais flexíveis,  aplicando esta regra apenas para os voos entre um continente e outro, mas não para países dentro do mesmo continente.
A rota deve ser definida ao momento da compra do ticket. Geralmente são permitidas variações de datas sem pagar (mas nem sempre). Para mudar os destinos, paga-se sempre uma penal.
A Star Alliance oferece também 11 tarifas regionais (Airpass) para a África, Ásia, Brasil, China, Europa, Japão, Oriente Médio, Micronésia, América do Norte, Pacífico Sul e Tailândia.

Veja aqui uma pequena parte extraída do texto do site da Star Aliance, que incluiseve aconselho a visitar para conhecer bem todo o processo e regulamento.

3.1 Início e Término

  • A sua viagem deve ter início e término no mesmo país (o “país de origem”), mas não necessariamente na mesma cidade.
  • De acordo com os critérios IATA para a indústria, a tarifa à Volta do Mundo divide teoricamente o mundo em 3 zonas (Conferências de Tráfico):
    • CT1: América do Norte, América Central, América do Sul, Gronelândia, Caraíbas, Havai
    • TC2: Europa (Ocidente dos Urais), Açores, Islândia, Médio Oriente, África, Seychelles
    • TC3: Ásia (Leste dos Urais), Oceânia, (Austrália, Nova Zelândia e Ilhas do Pacífico Sul)
  • Na viagem à Volta do Mundo, esta deve ter apenas uma direção geral (Oriente ou Ocidente) e cada Conferência de Tráfico deve ser atravessada apenas uma vez:
  • O Atlântico e o Pacífico têm de ser atravessados uma única vez. Só é permitida uma travessia entre a Europa, África/Médio Oriente e Ásia.
  • A primeira travessia entre continentes nesta tarifa não pode ser um percurso de superfície.

Conselhos de Keviagem para planejar sua viagem de volta ao mundo:

1– Use uma “calculadora de milhas”, acesse o link: gc.kls2.com

2– Note que, no cálculo do bilhete não contam as paradas feitas pelo aéreo (somente em caso de troca de avião), enquanto a calculadora de milhas geralmente as inclue.

3– Escolher um país de partida invés de outro,  pode ajudar a economizar uma boa quantia de dinheiro! O preço não depende apenas do bilhete escolhido, mas também do país que começa o itinerário, ou seja, de onde sai o primeiro voo. Imagine que começar pelos Estados Unidos é tão caro (pelo menos até um tempo atrás, não sei se mudou), que muitos americanos compram o voo de ida e volta para Europa a parte, e começam à “viagem pelo mundo” por um país europeu.
Pra quem mora na Europa por exemplo, é conveniente sair da Bulgaria.
Porém atenção, infelizmente, em muitos países, o preço é dado por onde o bilhete é emitido e não de onde começa a viagem.

4– A estação de partida afeta no preço da passagem. Na baixa temporada os preços são mais baixos, mesmo que depois você vai estar viajando durante um ano inteiro, o que conta é o período de sua saída.

5– Inscreva-se a um “programa de milhagem” antes de sair! Com as milhas que você vai acumular, vai poder usufruir para fazer outras viagens gratuitas quando voltar para casa!

6– As taxas aeroportuais são extras, e aumentam com o aumentar das paradas. Minha sugestão é de evitar  muitas paradas na Europa, onde as taxas são altíssimas e consumem milhas valiosas para viagens que você poderia fazer com um voo interno low cost.

7– No planejamento da viagem, considere os voos low cost uma boa opção para comprar a parte, às vezes vai economizar muitas milhas, o que significa menor custo ou que vai ter mais destinos. Por exemplo, de Bangkok a Singapura são 2000 km, mas encontra-se voos low cost por cerca de U$ 100.

8– Caso você decidir não usar um determinado voo presente em seu bilhete,  entre em contato antes com a empresa que emitiu seu ticket para mudar a data ou destino. Se não fizer isso, todos os outros trechos serão cancelados.

9– Alguns países exigem certas vacinas para as pessoas provenientes de certos países. E não é uma exigência apenas para quem desce no país, mas também pra quem faz apenas  uma parada no aeroporto. Informe-se bem com nos consulados.

Damares está dentro do mundo de viagens desde 1987. Morou em Milão de 1990 a 2014, quando se transferiu para cidade de Colônia, na Alemanha. No momento vive na linda região de Lisboa, pertinho do mar! Aproveita sempre da facilidade de viajar pela Europa, conhecendo vários países nesse maravilhoso continente!

contato1@keviagem.com

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