por Damares Lombardo, uma guia brasileira em Lisboa

Um dia em Kuala Lumpur

Aqui vou contar apenas uma pequena parte da nossa longa viagem, a qual durou  4 semanas. Fizemos essa viagem em 2009, mas depois de muita insistência de alguns amigos, decidi colocar no blog, mesmo porque, a “Austrália” é sempre um lugar desejado por muitos viajantes.

Nosso voo intercontinental com a Malaysia Air Lines, partiu de Roma, com conexão em Kuala Lumpur com espera de 12 horas para pegar o outro até Adelaide. Quando comprei o bilhete, recebi um voucher com uma diária de hotel para repousar em Kuala Lumpur com direito aos transferimentos, porque o voo chegava às 9h e a conexão seria às 21h. Quando soube disso, não pensei duas vezes, já fui me informar na internet se a dimensão da cidade permitia um tour de meio período, e assim constatei que era pequena e que daria para dar uma rodada nela e ter uma ideia do lugar.

Se a cidade fosse muito grande, não valeria a pena, geralmente perde-se muito tempo no trânsito, e isso poderia terminar sendo muito cansativo depois de 12 horas de voo, mesmo porque, teríamos ainda mais 8 horas de viagem até Adelaide. Adorei a companhia aérea, já sabia que as melhores eram as asiáticas, e agora posso confirmar. Ofereceram um ótimo serviço, as hostess tinham sempre o sorriso estampado no rosto e eram muito disponíveis, tinha até suco de goiaba a bordo – acho que acabamos com ele, tomamos um monte, o suco era delicioso.

   

A Malásia é uma federação de 11 estados cuja capital é Kuala Lumpur, localizada na Ásia, a língua nacional é Malay, mas quase todos falam Inglês e Chinês, a religião mais difundida é a muçulmana, embora com minorias fortes de hindu, Budista e cristãos.

Pensei que iria encontrar um país mulçumano no comportamento e, para minha surpresa, encontrei um país aberto, com garotas de mini-saias e tudo mais. Acredito que a mistura enorme de culturas presente no lugar, foi o que permitiu uma certa liberdade de expressão.

A Malásia também é famosa por suas lindas praias. A cidade nasceu do nada, e em menos de 150 anos, tornou-se uma movimentada cidade moderna com quase dois milhões de habitantes. Há muitos arranha-céus reluzentes, mas conseguiu preservar a tradição local, com construções coloniais no centro e uma Chinatown vibrante com vendedores ambulantes e uma população multi-étnica.

   
O clima é tropical na maior parte do país, caracterizado por altas temperaturas durante todo o ano que dificilmente caem abaixo de 30° e com uma taxa de umidade altíssima, as chuvas são frequentes, especialmente durante a estação das monções, que vai de agosto a janeiro. Nós pegamos um calor quase insuportável, nunca tinha sentido uma coisa assim na minha vida, tinha tanta umidade, que a neblina ficou presente no ar o dia inteiro.

Chegando ao hotel, nos informamos imediatamente na recepção se era possível organizar um city tour para 3 pessoas por 5 horas, mesmo porque, o hotel se encontrava bem fora da cidade, mas obviamente perto ao aeroporto. Nos confirmaram nosso tour pagando 25 doláres por pessoa, e assim nos dirigimos primeiro até nosso apartamento, tomamos um banho e deixamos nossa bagagem de mão.

A cidade não era muito grande, conseguimos ter um panorama legal do lugar, é claro que não posso dizer que conheci bem, me senti como uma turista japonesa, que faz 5 países e uma semana (na Europa), um dia em cada lugar…rs. Mas valeu a pena, deu vontade de voltar, então foi positivo.

Visitamos a Torre Menara com seus 421 metros, é a quarta torre de comunicação mais alta do mundo. É possível admirar um esplêndido panorama de Kuala Lumpur de 360° a 276 metros de altura. Pagamos uns 5 euros por pessoa para subir na torre. Por um momento, parecia que estava olhando um bairro de São Paulo com tanto prédio assim alto. Infelizmente o nevoeiro não nos permitiu a ter uma visão melhor de algumas partes da cidade.

   

   
Na entrada do prédio tinha umas barraquinhas vendendo umas coisinhas fritas deliciosas, não lembro e nem escrevi o nome, então não posso mencionar aqui o que era com exatidão, mas eram gostosas.
Especialidades local
    

Depois fomos até o palácio do sultão “King’s Palace”, mas dava para ver só a entrada e o jardim.
King’s Palace
   
   

Demos uma chegadinha ao bairro de Chinatown, mas tinha muita confusão nas ruas, aproveitamos para almoçar dentro de um  shopping center, pelo menos tinha ar condicionado. Saindo de Chinatown, fomos conhecer o National Monument. O Monumento Nacional é uma escultura que representa as pessoas que morreram durante a luta pela liberdade da Malásia, principalmente contra a ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.
National Monument                                                              Entrada do National Monument
   
Fizemos um tour de carro por algumas ruas e depois fomos conhecer um dos arranha céus mais altos do mundo, o Petronas Twin Towers.  A Petronas Twin Towers ou Torres Petronas, também conhecido como Menara Petronas, nome da companhia de petróleo que as construíu, são 2 torres gêmeas de 452 metros de altura e uma das mais impressionantes obras da engenharia humana.
Petronas Twin Towers
   
Construído pelo arquiteto argentino Cesar Pelli entre 1995 e 1998, tornaram-se o símbolo do progresso econômico na Malásia. Os prédios têm 32 mil janelas, foram projetados utilizando a mais avançada tecnologia do momento, com a construção de uma ponte chamada Skybridge a 171 metros acima do solo que une os dois edifícios do complexo, permitindo a passagem de uma torre para outra sem ter que sair do edifício.
A ponte do Petronas                                                          Entrada do Petronas
   
Dentro dele, se encontram lojas de marcas famosas (tipo um shopping center) e escritórios. É possível subir no prédio, mas tem que fazer a reserva online, eu já tinha me informado sobre isso, mas não sabia como se desenvolveria nosso dia na cidade, então decidi não reservar.
Dentro do Petronas
   
Como sempre eu fico perguntando tudo, e papiei bastante com nosso motorista e guia. Fiquei sabendo que é proibido crianças ficarem nas ruas pedindo dinheiro, porque elas têm que estar na escola, as famílias mais pobres têm assistência do estado, ninguém passa fome e a escola é obrigatória. Fantástico! Admirei a limpeza nas ruas, quase não vi sujeira no chão. A  Ásia sempre me fascinou, começando pela comida que adoro, a minha preferida é a thailandesa. .

O que visitar em Kuala Lumpur

As principais atrações estão concentradas em torno a Merdeka Square, a praça principal, com um grande gramado verde, onde os residentes britânicos jogavam cricket no período em que a colonização inglesa era presente no país, agora são os locais a jogarem. Na praça está o Royal Selangor Club, onde a elite costuma comer, composto por uma série de edifícios de madeira, com vista para o Palácio do Sultão Abdul Samad (1894-1897), em uma singular moura-árabe-indiano. A Mesquita (Masjid Jame), a Igreja St Mary, Chinatown, o Mercado Central em estilo Art Deco, e o moderno Dayabuni Complex, torre branca de 34 andares no estilo islâmico (1985), a Mesquita Nacional, que pode acomodar 8.000 crentes, os Jardins do Lago, 92 hectares de verde (mesmo dentro do Parlamento), o Triângulo de Ouro, Tower Menara, e as Torres Petronas de Kuala Lumpur.

 

 

 

 

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