Viagem a Malta

Durante uma viagem a Malta, você vai se supreender com sua parte histórica, além do mar azul turquesa, é claro.

Este post é continuação daquele sobre a “Ilha de Malta“, uma viagem que fiz com minha família durante o inverno aqui da Europa.

Utilizamos o ônibus turístico por 3 dias e ficou muito mais fácil fazer passeios em Malta desse modo. Esse tipo de tour existe em quase toda a Europa, eu acho bem interessante, porque a pessoa fica livre para fazer o passeio do seu jeito, usando um meio de transporte que a leva diretamente aos lugares onde quer visitar sem correr o risco de se perder e  ganhando tempo com isso. É claro que em algumas cidades, não é nem mesmo necessário e pode ficar muito caro, então pode ser útil utiliza-lo apenas no primeiro dia para ter uma visão geral do lugar, e nos  outros dias pegar o metrô, que é muito fácil de usar  aqui na Europa.

O transporte em Malta tem  preços diferentes para turistas e residentes, o turista paga 2,20 euros e o residente 1,50 euros, achei isso meio absurdo, espero que não vire moda na Europa. Tem um bilhete válido para o dia inteiro com uso ilimitado, custa 2,60 euros e vale a pena. Os motoristas não são muito simpáticos, dirigem como uns loucos em estradas estreitas e suntuosas e as vezes dão troco errado, fiquem atentos.

Agora vamos descobrir o que fazer em Malta durante uma viagem a ilha.

O que fazer durante uma viagem a Malta

Eu não vi muitas praias em Malta, achei que tem muitos penhascos, mas o mar é bonito e a água é transparente. Valletta é a atual capital, fundada em 1571, é o centro comercial de Malta, possui vários edifícios de grande relevância histórica e uma catedral em estilo barroco magnífica.

Centro de Valletta

A igreja apresenta uma fachada muito simples, foi construída assim de propósito para enganar os invasores, porque dentro abriga grandes tesouros como, por exemplo, os 2 quadros de Caravaggio que foram feitos pelo artista no período de seu exilio na ilha, que durou somente 15 meses.

                                                      Fachada da Catedral de Malta                   

Fazendo essa viagem a Malta, descobri que é um dos mais importantes centros de produção cinematográfica no Mediterrâneo. O clima ameno, a variedade de paísagens e as imponentes presenças do passado, ajudou para que se tornasse palco de filmes como: O Gladiador, Tróia, 007  O Espião que me Amava e outros.

Na  ilha foi construído um pequeno vilarejo para fazer o filme de Popeye em 1979, hoje é uma atração para visitas no verão, se encontra diretamente em uma praia muito bonita.

Ilha de Malta

Fazendo minhas procuras na internet sobre Malta, descobri por acaso um blog de uma brasileira que mora na ilha (ela usa o blog em maneira mais pessoal e da bastante dicas de Malta). Achei muito curisoso uma brasileira morar em Malta e também sua história, a qual acompanhei um pouco em seu blog. Entrei em contato com ela através de email e resolvemos nos conhecer.  Nos encontramos uma noite depois do jantar e fomos tomar uma cervejinha no bar em frente ao meu hotel.

Danielle veio com seu marido, Mario, e sua linda filha, Bellinha. Foi muito agradável conhece-los, batemos um papinho gostoso. Ela ainda está na fase de adaptação e sente muita saudade da família e do Brasil, mas só o tempo vai ajuda-la, isso acontece muito gradualmente, comigo também foi assim  e durou bem uns 10 anos.

Eu, Danielle e Bellinha

No quarto dia pegamos o ferry boat e fomos visitar a ilha de Gozo, que se encontra muito perto de Malta, a travessia durou uns 20 minutos, pagamos 4,50 euros por pessoa para ida e volta. Chegando à ilha, pegamos o nosso ônibus turístico, custava 15 euros, mas compramos com desconto antes de subir no ferry boat no porto de Malta e pagamos 10 euros.
Uma viagem a Malta não é completa se não visitar a ilha de Gozo!

Ilha de Gozo

A cidade de Victoria, é a capital de Gozo, muito pequena e característica com um pequeno centro medieval e alguns pub’s ingleses. Até que em algumas situações, essa mistura era graciosa, quando eram feitas com harmonia.

Victoria

Malta é também famosa por abrigar templos megalíticos do período da pré-história, se trata de  um grupo de sete estruturas megalíticas localizadas nas ilhas de Malta e Gozo. Esses templos foram declarados Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Templo de Ggantija

São monumentos impressionantes e alguns são até mesmo mais antigos do que Stonehenge, tendo sido construídos entre 4000 e 2500 a. C. por um povo que provávelmente desembarcou na costa maltesa chegando da Sicília e cuja civilização floresceu. Essa civilização desapareceu no ar, não se sabe o que houve exatamente, talvez tenha sido exterminada por conquistadores, ou por causa de uma epidemia. Até hoje existem apenas suposições.

Eram pessoas pacíficas, não foram encontradas armas e nenhum tipo de objeto defensivo. Os agricultores possuiam animais de estimação e haviam desenvolvido um artesanato considerável. O mais antigo dos sete grandes complexos descobertos até hoje, é o de Ggantija, que remonta a 3600 a.C, foi descoberto em 1827. Nós visitamos somente este templo e, por sorte, no dia de nossa visita, a entrada era grátis.

No penúltimo dia, fomos conhecer “As Três Cidades”, se chamam assim mesmo. São 3 pequenas cidades que se encontram perto de Valleta. Na verdade, eu chamaria tudo de bairro, porque as cidades em geral, se encontram uma ao lado da outra. A mais interessante é Vittoriosa, com um centro medieval muito gracioso e sugestivo.

Vittoriosa

Chegamos ao sexto dia e nossa viagem a Malta chegou ao fim.

Deixamos Malta com 14° às 8h e encontramos 3° em Milão quando chegamos no aeroporto às 10h, sem sol e com neblina. Fazer o que né? O frio também faz parte das estações, mas não vejo a hora que chegue a primavera, faltam só 4 meses.